Qual é? Você é igual a todo mundo? Você observa e analisa o que é certo ou o que é errado em todos os aspectos da sua vida? Em todas as situações quando você está com a sua galera? No seu rolê, alguma coisa que não está certa no seu ponto de vista, no ponto de vista moral, você levanta a mão e fala? Ou não levanta? Ou só fala se alguém levantar mão? Ou você deixa quieto?
“Você não é todo mundo!” é uma frase comum de ouvirmos dos nossos pais ou responsáveis quando queremos aproveitar de algum privilégio ou situação que vemos nossos colegas e amigos aproveitando, mas não recebemos a “permissão”. Nós, enquanto jovens espíritas, temos a oportunidade de conhecer como funciona o mundo espiritual ao mesmo tempo em que estudamos a moral Cristã. Por conta disso, sabemos que nem sempre aquilo que queremos realmente nos convém.
Por isso, vale destacar algumas perguntas feita por Kardec em O Livro dos Espíritos:
“803. Todos os homens são iguais perante Deus?
— Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez as suas leis para todos. Dizeis frequentemente: “O Sol brilha para todos”, e com isso dizeis uma verdade maior e mais geral do que pensais.
843. O homem tem livre-arbítrio nos seus atos?
— Pois que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livre-arbítrio o homem seria uma máquina.
850. A posição social não é, às vezes, um obstáculo à inteira liberdade de ação?
— O mundo tem, sem dúvida, as suas exigências. Deus é justo e tudo leva em conta, mas vos deixa a responsabilidade dos poucos esforços que fazeis para superar os obstáculos.”
A partir da leitura dessas questões, podemos entender que somos todos iguais aos olhos de Deus, ninguém é melhor que ninguém. Da mesma forma, todos temos nosso livre arbítrio. Saber usá-lo com sabedoria é o que muitas vezes essa falta de “permissão” está tentando nos ensinar. A análise crítica das situações que passamos enquanto encarnados é necessária para que não nos coloquemos em risco, sob domínio de obsessores ou sujeitos a vícios que atrapalhem nossa caminhada evolutiva, assim como nos diz Emmanuel, no livro O Consolador:
“Em todas as situações, o homem educado pode reconhecer onde falam as circunstâncias da vontade de Deus, em seu benefício, e onde falam as que se formam pela força da sua vaidade pessoal ou do seu egoísmo. Como ele, portanto, estará sempre o mérito da escolha, nesse particular.”
Essa é a questão de nadar contra a maré, essa é a questão de você se impor! Não é porque todos estão fazendo que algo está certo e também não é porque ninguém está fazendo que está errado. Às vezes o que parece certo não é tão certo assim. Ser diferente, ou ser certo, custa, paga-se um preço e às vezes o preço é alto. Às vezes somos excluídos da roda de amigos, da galera. Mas será que são nossos amigos mesmos?
Kardec, no livro O Que é o Espiritismo, comenta que nós, seres encarnados temos o livre arbítrio como uma consequência da justiça Divina. Portanto, somos responsáveis pelo bem e pelo mal que praticamos. A nossa ligação com as pessoas também se dá pelo livre arbítrio, pois temos a liberdade de escolher com quem nos relacionar.
Se para manter uma amizade precisamos deixar de ser quem somos ou fazer o contrário do que acreditamos, apenas para atender a expectativa do suposto amigo, será que realmente há amizade? Mudar quem somos apenas para fazer parte de um grupo ou para ser aceito por outra pessoa é negar a nós o direito de sermos genuínos. O que pode também nos levar a ir contra os princípios e valores que temos enquanto jovens espíritas.
Cada um de nós somos seres únicos, com nossos próprios desafios, provas e expiações, que precisamos superar. Não adianta ficar se comparando com os outros. Saber que temos essas situações para enfrentarmos pode ser vista como um incentivo para corrermos atrás dos nossos objetivos, tendo em mente o respeito ao Evangelho do Cristo. E um dos desafios é entender que humildade não é desmerecer as nossas conquistas, mas sim reconhecer que todos nós temos dias de luta e dias de conquista. E isso não torna o que é certo errado, nem o que é errado certo.
Usar o livre arbítrio com sabedoria é refletir sobre o que estão te pedindo, analisando se realmente é algo que você precisa fazer ou se a necessidade de fazer vem da ideia de que está todo mundo fazendo. Cada um tem seu próprio momento para vivenciar algumas experiências, não precisa se apressar, faça as coisas acontecerem no seu tempo.
Então nós temos aqui uma pergunta para você jovem espírita: Você está nadando contra a maré? Você está preparado para tal? Você é todo mundo? Porque nós temos que fazer o bem sem olhar a quem, nós temos que ter amor ao próximo, nós temos que fazer caridade, nós temos várias, várias responsabilidades mesmo sendo jovens. Entretanto, nós temos que estar bem atentos ao que estamos fazendo ou deixando de fazer.
Sejamos diferentes, procurados sempre fazer o certo! Que possamos cada dia procurarmos ouvir mais, ficar mais de “ouvidos abertos” e olhos atentos! Sejamos como os escoteiros: “Sempre Alerta”, porque às vezes a pessoa que está ao seu lado, ou a sua galera, precisa de alguém para ouvir, e daquilo que você ouviu tem algumas lições para você aprender e botar em prática. Pois ser igual a todo mundo às vezes pode atrapalhar sua evolução espiritual, seu desenvolvimento pessoal, moral e profissional. Faça como diz a música: Seja Diferente!
Emmanuel, no livro Fonte Viva, nos convida a exercer nosso livre arbítrio estando atentos as nossas obrigações, seguindo firme na nossa aprendizagem e no nosso aprimoramento, para que nossas ações tenham frutos prósperos para nossa evolução. Enquanto trabalhadores do Cristo, façamos por livre e espontânea vontade nossa parte em prol do bem, conforme Ele nos ensinou.
Leituras de inspiração para este conteúdo
https://exame.com/blog/sua-carreira-sua-gestao/voce-nao-e-todo-mundo/
https://contatopsi.com.br/2020/12/05/voce-nao-e-todo-mundo/
Vamos conversar mais sobre esse tema na nossa próxima live de sábado às 18h no YouTube com nosso podcast! A live será no canal do Cefak no YouTube! Aguardamos você no Podlá!
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