Quero contar uma coisa para você, jovem leitor espírita.
Li a obra Nosso Lar, pela primeira vez, aos 15 anos. Confesso que fiquei apavorada logo nos primeiros parágrafos!!! Isso mesmo, nem cheguei a concluir o capítulo 2 – Clarêncio. Tive pesadelos por muitas noites seguidas, sonhando com os vultos negros, as manadas de seres animalescos…E o frio, a fome, o medo, a solidão, a sanidade mental. Que lugar era aquele, por Deus?
Deixei o livro prá lá. Não conseguia nem sequer olhar para a capa. O tempo passou. Completei vinte anos. Já universitária, decidi retomar a leitura da obra. Respirei fundo, criei coragem. Recomecei bem do começo, mesmo.
E nem foi tão difícil assim, sabia? Fiquei surpresa. Reli os primeiros capítulos, “passei pelo Umbral” e foi tudo bem. Gente, nada como a maturidade, não é? Lição: se deseja muito ler ou estudar algo que ainda não tenha o alcance intelectual e emocional necessários, não desanime. Aguarde o tempo que for até estar preparado e siga sua jornada.
Bem, continuemos com André Luiz, agora no Cap. 3 – A oração coletiva.
Foi socorrido e encaminhado para a Colônia Nosso Lar. E ele foi transportado para ser tratado num hospital, com técnicos, enfermeiros e tudo! Sim, há hospitais no mundo espiritual, sabia?
André Luiz, ao mesmo tempo maravilhado, não estava entendo nada. Viu-se num ambiente calmo, acolhedor que estava envolvido em uma luz brilhante e reconfortadora.
A fonte desta luz era o Sol, o mesmo astro que ilumina nosso planeta Terra. Como era possível isso?
Logo um dos enfermeiros explicou a André que “nosso Sol é a divina matriz da vida e a claridade que irradia provém do Autor da Criação”. Você, caro jovem leitor espírita, já tinha pensado sobre isso?
André Luiz tomou uma sopinha, um caldo reconfortante e uma água muito fresca que o reanimou inesperadamente, “corpo” e alma. Gente, o que será que continha nesses alimentos? Aliás, você não ficou surpreso por existir esse tipo de alimentação no mundo espiritual? Eu fiquei! Preciso de mais esclarecimentos sobre isso.
Terminada a refeição, o ambiente foi invadido por suave e divina melodia. Ah, era o momento da prece coletiva!!! Todos os núcleos de Nosso Lar participavam deste momento. André, apesar da fragilidade, quis participar. Apoiado no enfermeiro, seguiram a um enorme salão, onde numerosa assembleia meditava em silêncio, profundamente recolhida.
O que se passou então foi maravilhoso. Recomendo que experimente, por você mesmo, a percepção de André Luiz a respeito desse momento e como ele se sentiu após retornar aos aposentos.
Comente aí para nós: O que achou deste capítulo? Quais foram suas impressões?
Até semana que vem!