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Profissão: Afinidade ou Materialidade?

“No afastarem-se os homens da sua esfera intelectual reside indubitavelmente uma das mais frequentes causas de decepção. A inaptidão para a carreira abraçada constitui fonte inesgotável de reveses. Depois, o amor-próprio, sobrevindo a tudo isso, impede que o que fracassou recorra a uma profissão mais humilde (…). Se uma educação moral o houvesse colocado acima dos tolos preconceitos do orgulho, jamais se teria deixado apanhar desprevenido.”
Final do comentário de Kardec da questão 928-a de O Livro dos Espíritos.

A escolha da profissão, indubitavelmente, é motivo de enorme preocupações por parte dos jovens e seus familiares, que almejam um futuro mais tranquilo, onde reine uma certa segurança material e psicológica para todos.

Afinal o mundo tem suas exigências e vivemos nele, ainda que não sejamos dele.

Já no final do Ensino Médio, os jovens se veem às voltas com a necessidade de definirem uma carreira profissional, cuja duração pode percorrer todo o ciclo da vida adulta.

Ao preparar-se para o vestibular ou frequentando um curso técnico, o jovem vislumbra uma oportunidade de se dar bem na vida e conquistar uma parcela daquilo que chamamos de segurança econômica.

Como uma significativa parte do nosso tempo de vida útil, será empregada no trabalho, este precisa, tanto quanto possível, ser algo prazeroso, além de útil para si mesmo e para a sociedade.

Os pais, por sua vez, apreensivos com o futuro do filho ou da filha, insinuam suas expectativas, derivadas de sua visão de mundo, muitas vezes impregnadas pelos ventos do materialismo em voga.

Fazem projeções, ainda que inconscientes, de que os seus amados venham a ser aquilo que não conseguiram, insistindo para que escolham uma carreira que lhes proporcione posição e dinheiro.

Poucos refletem, tanto os jovens como os seus pais, sobre em que consiste o prazer decorrente do exercício profissional.

É claro que não vamos negar a importância de uma profissão socialmente valorizada e bem remunerada para os seus praticantes.

Mas será somente isso? Passar trinta ou trinta e cinco anos fazendo algo que nos confere destaque e recursos monetários generosos sem outras satisfações nos torna felizes?

Ora, sabemos que a felicidade plena e perene o tempo todo não é deste mundo.

Mas, do ponto de vista profissional, é incontestável que podemos usufruir melhor do nosso trabalho, caso façamos aquilo que gostamos de fazer e que o faremos por anos afora.

Seria, por assim dizer, o confirmar uma tendência, que os especialistas chamam de vocação. Essas dizem respeito a aptidões e habilidades, por assim dizer, inatas.

Acrescentemos a isso, nós que somos espíritas, o fato de que a profissão, no seu leque de possibilidades, já foi de certa forma definida, antes do nascimento, atendendo às peculiaridades referentes aos programas evolutivos de cada um.

No labor podemos retribuir, com gratidão, tudo que recebemos desde o berço, ganhando os benefícios inerentes ao cumprimento desse sagrado dever.

Aos jovens e seus pais, portanto, a recomendação de que as decisões sejam inspiradas pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, obedecendo ao livre arbítrio relativo de que somos dotados, visando fazer as melhores escolhas, capazes de contemplar nossas necessidades materiais e espirituais.

Jamais esquecendo, porém, que antecedendo o profissional competente, devemos aplicar nossos melhores esforços na consolidação do caráter como pessoa de bem.

Vamos conversar mais sobre esse tema na nossa próxima live de sábado às 18h no YouTube com nosso podcast! A live será no canal do Cefak no YouTube! Aguardamos você no Podlá!

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