Olá, jovem leitor espírita!!! Como você está? O mundo espiritual é, de fato, bem diferente do que originalmente imaginávamos…Concorda comigo?
Continuemos, então, hoje com o Capítulo 6 – Precioso aviso!
Ainda em tratamento no hospital, André recebeu a visita de Lísias e Clarêncio, aquele velhinho de olhar bondoso que o recolheu no Umbral.
Pois bem, nosso amigo sentiu-se tão acolhido…ficou muito emocionado. Eu me sentiria da mesma forma. Quando estamos numa situação de fragilidade e alguém nos dá atenção, carinho, invade-nos aquela sensação de “Oh, Deus, alguém se importa comigo, alguém gosta de mim, não estou só …” É muito bom! 😊
Com esse sentimento invadindo seu coração e mente, André Luiz começa a se queixar das dores “físicas”, das dores morais, das lutas que tem enfrentado.
Clarêncio não o interrompeu em nenhuma vez. Muito antes pelo contrário, ele e Lísias puxaram uma cadeira e se sentaram próximo ao leito de André e o ouviram pacientemente.
Sentindo-se incentivado, André deu vazão às lamentações, às dúvidas, falou das saudades que sentia da esposa, das filhinhas, expressou preocupação quanto ao futuro delas.
“Oh! Minha dor é muito amarga!”, exclamava André. “(…) Que será, então, a vida? Sucessivo desenrolar de misérias e lágrimas? Não haverá recurso à semeadura da paz?” E conclui declarando que a “noção de infelicidade bloqueia o espírito”, apesar dos esforços de otimismo. Chora e muito.
Jovem leitor espírita, você já se deparou com uma situação parecida? Era você quem se lamentava ou você cumpria as vezes de ouvinte, do “ombro amigo”? Eu já em encontrei nas duas situações (e não foram poucas😅). A mais confortável é aquela em que nos posicionamos como vítimas – ai, como sofro; ninguém sofre tanto quanto eu e por aí vai.
– “Meu amigo, deseja você, de fato, a cura espiritual?”, perguntou Clarêncio a André. Observe, jovem leitor, que Clarêncio se refere à cura espiritual.
André Luiz fez um gesto afirmativo.
Clarêncio, sereno, falou, sem imposição:
– “Lamentação denota enfermidade mental e enfermidade de curso laborioso e tratamento difícil.” (Ai, esta doeu!) Quanto mais permanecer murmurando, queixando-se, mais difícil será libertar-se das lembranças doídas. Deus cuida de todos nós, inclusive dos familiares e pessoas que temos afeto e, porém, momentaneamente distantes de nós.
E disse mais: que os habitantes de Nosso Lar não dispunham de tempo para ficar em lamentações estéreis. Que o tempo bem empregado tem a finalidade de propiciar as conquistas definitivas do espírito. 🤯
Jovem leitor, você já havia pensado sobre isso: que as queixas, lamentações, a autopiedade são fatores que nos impedem de crescer moralmente? Impedem de sermos felizes? Que é preciso esforço pessoal para nossa conquista moral e espiritual?
Faço um convite agora para pensarmos seriamente a respeito do aviso precioso que Clarêncio deixou. Será muito bom para nós mesmos e para aqueles que nos procurarem, solicitando acolhimento.
E agora proponho um exercício para a semana. Repetir (em pensamento ou voz alta) a resposta de André Luiz a Clarêncio: “Vou bem melhor, para melhor compreender a Vontade Divina”.
Bora?
Comente aí para nós suas impressões do capítulo!