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Pode Ler – Livro: Nosso Lar #13

Olá, querido jovem leitor espírita!!!! Como está você? Tem conseguido perceber as situações e circunstâncias de uma forma diferente? A Doutrina Espírita faz isso com a gente. A compreensão a respeito da vida futura vai expandindo-se. Êbaaaaaa 😊

Hoje tem capítulo novo, vocês já sabem. Chegou a vez do Capítulo 13 – No Gabinete do Ministro. E o tema central é…

André Luiz já se sentia muito bem, bem mais equilibrado – emocionalmente, “organicamente”, espiritualmente – (lembremos que ainda se encontrava internado no hospital). Sentia a necessidade de ser útil, de se movimentar, de ocupar o seu tempo de forma proveitosa. Identificava-se a si mesmo “como vigoroso agricultor em pleno campo”, porém de mãos amarradas, sem poder trabalhar. Tinha consciência que não detinha condições de atender aos enfermos que estavam nos apartamentos vizinhos. As técnicas utilizadas eram muito avançadas. Jovem leitor, imaginemos a situação do nosso amigo: um médico graduado e “famoso” na Terra, com 15 anos de clínica, não detinha as competências necessárias para atuar nem mesmo como enfermeiro em Nosso Lar. Você, jovem leitor, faz alguma ideia como André se sentiu ao chegar a essa conclusão? E quais seriam esses critérios para se tornar um verdadeiro trabalhador na Colônia?

Nosso amigo procurou por Lísias, que lhe ouvindo, sugeriu que se aconselhasse com o Ministro Clarêncio. Assim procedeu.

No dia seguinte, bem cedo, André dirigiu-se ao gabinete particular de Clarêncio, conforme orientado por Lísias. Chegando lá, percebeu que já haviam outros também aguardando atendimento. Notou que o Ministro atendia a todos, de dois em dois (é, em dupla). André ficou impressionado com este método. Jovem leitor, saberia dizer quais os benefícios obtidos com tal estratégia, o atendimento em dupla em detrimento do atendimento individual?

André Luiz foi atendido juntamente com uma senhora. O Ministro os recebeu com cortesia.

Primeira a ser ouvida, a senhora aflita solicitava de Clarêncio recursos para que ela mesmo pudesse proteger seus filhos, ainda encarnados, os quais estavam passando por muitas dificuldades.

Ouviu-lhe atentamente o pedido e olhou-a fraternalmente. Fez-lhe algumas perguntas. Jovem leitor, você imagina qual tipo de pergunta fez o Ministro àquela senhora?

“– Ah! Minha amiga – disse o benfeitor amorável – só no espírito de humildade e de trabalho é possível a nós outros proteger alguém. (…) O Pai criou o serviço e a cooperação como leis que ninguém pode trair sem prejuízo próprio. Nada lhe diz a consciência, neste sentido? Quantos bônus-hora(1) poderá apresentar em benefício de sua pretensão?”

Desde sua chegada em Nosso Lar, há seis anos, aquela senhora acumulou umas poucas horas daquela natureza. E Clarêncio, com sua serenidade, mostrou-lhe as diversas oportunidades que já tinham sido apresentadas a ela para que fosse útil. E à cada possibilidade de dedicar-se ao bem, a senhora respondeu com lamentações, queixas e dificuldades as mais variadas. Ela precisaria ter mais bônus-hora para que tivesse condições de ter sua solicitação atendida. Aprender o valor da cooperação, angariar simpatia. Se aparecesse na Terra na atual condição, seria como uma “mãe paralítica, incapaz de prestar socorro justo”.

Jovem leitor espírita, o critério para sermos merecedores de algum benefício é medido pela quantidade de serviços prestados ao Bem, denominado bônus-hora. Trabalho e humildade. Cooperação e simpatia. Servir e obedecer.

Prestemos atenção aos esclarecimentos de Clarêncio: “(…) O Pai criou o serviço e a cooperação como leis que ninguém pode trair sem prejuízo próprio”.  Isto foi realmente impactante: serviço e cooperação são leis que, não cumpridas, trazem prejuízo pessoal e afetam a todos ao nosso redor.

Veja o que os Espíritos esclarecem, em O Livro dos Espíritos, a respeito do trabalho:

674– A necessidade do trabalho é lei da Natureza?
“O trabalho é lei da Natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidades e os gozos.”

675- Por trabalho só se devem entender as ocupações materiais?
“Não; o Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho.”

Clarêncio afirmou que “Os que não cooperam não recebem cooperação. Isto é a Lei Eterna”. O que isto significa?

Temos noção de quantas vezes fomos chamados a sermos úteis, auxiliando a quem precisa? Como temos respondido a esses convites?

E mais: Clarêncio esclareceu à senhora (e André Luiz ouviu tudinho) que “o trabalho e a humildade são as duas margens do caminho do auxílio”. O que você entendeu desta afirmativa?

A senhora sentou-se, chorando muito. Chegou a vez de André. Entretanto, aguardemos o próximo capítulo.

Ah, jovem leitor, são tantas lições (não me canso de repetir). 😊

Vá lá na própria obra, acesse o capítulo, reflita, registre suas impressões (suas dúvidas, também), tire suas conclusões. 😃

Comente aí para nós!

Até a próxima semana!

Notas
(1) Ponto relativo a cada hora de serviço [prestado no bem]. (Nota do Autor espiritual)

Fontes
Nosso Lar – André Luiz (espírito), Francisco Cândido Xavier (psicografia)
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Imagens – www.pixabay.com.br e https://www.pexels.com/

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